O Mar e Eu - II - Final Feliz

Imagem de Hod.

Participei rescentemente da 1ª Blogagem Coletiva do Blog Menina Robô, narrando
minha História de Superação em  O Mar e Eu. Para facilitar a compreensão do evento para aqueles amigos que não leram o post  anterior deixo o link acima.
Nessa segunda parte da narrativa, exponho alguns detalhes do momento em que cai  e permaneci no Oceano por aproximadamente 35 minutos.
Também postei o Video  Mercy Streets porque as últimas imagens afloram lembranças.

Click e  Ouça Devandra Banhart

 Imagem de Hod

FINAL FELIZ    O  MAR E  EU -  (Conclusão)

Durante a queda levei comigo a pequena âncora do barco que soltou-se quando meu corpo pendeu para esquerda no momento da queda.
Segundos foram suficientes para meu corpo  bater na água salgada.
Não houve tempo para o susto.
Tudo que aprendi sobre o mar,  caça submarina e mergulhos desde quando comecei a mergulhar lá na minha adolescência contribuiram para superar o acontecimento.
Mesmo com o barco em movimento, após cair dei impulso com os pés sobre o casco do barco e com o peso da âncora comecei afundar.
Vi nitidamente o casco e a hélice do barco em movimento.
Já havia  submergido uns 2 metros  quando soltei a âncora que serviu de contra peso para afundar. Com ar suficiente nos pulmões desci mais alguns metros até sentir os efeitos da pressão sobre os tímpanos e sabia  por esses sintomas que estava aproximadamente uns 5 metros de profundidade.
 Cabe lembrar que em décadas passadas mergulhava à profundidades tres a quatro vezes maiores ( com snorkel (apnéia) quando praticava a caça submarina. 
Ao sentir os efeitos da pressão comecei  a emergir e lentamente realizando pequenas e necessárias descompressões até chegar à superficie e  inspirar novo ar para dentro dos pulmões.
Identifiquei e localizei o barco a uns 300 metros de distância e ainda afastando-se do ponto onde me encontrava.  Não fazia a mínima idéia do que acontecia com os outros que estavam no barco. Lembrei-me de não fazer nenhum esforço maior para não desencadear nenhuma crise de angina pectoris e ter que enfrentar e superar mais um problema.
Rapidamente vislumbrei que poderia ir nadando até a ilha que estava a uns 500 metros , caso o barco não retornasse. Então ditei para mim em alto e bom tom:  Amo isso...!!! Enquanto meu corpo boiava ao sabor das ondas passei a entoar um mantra dinástico que me foi ensinado para situações de perigo.  O tempo foi passando. Levantei a cabeça e vi que o barco havia parado e vi também duas pessoas em pé  dentro do barco.
Uma das pessoas  acenava para mim e devolvi os acenos. A amiga que sabia nadar colocou um salva vidas e  projetou-se para dentro do nar com o outro salva vidas no braço e  veio nadando em minha direção. 
Nesse momento desisti de ir nadando até a ilha e resolvi esperar mais alguns minutos até que ela chegasse com meu salva vidas. O vento forte dificultava o nadar de minha amiga, e quando chegou perto de mim, estava apavorada. Pedi calma e que passasse o meu salva vidas, o que fez logo enseguida. Vesti o salva vidas  quando ela sugeriu que fossemos nadando para o barco.
Disse que não. Que deveríamos esperar o barco retornar  para nos recolher. 
Perguntei porque o barco não parou no momento que eu cai?
Disse que o pescador apavorou-se e não sabia o que fazer, pois disse o pescador que a corda da âncora poderia enroscar-se na hélice e todos ficariam no mar por longo tempo. Achei estranho mas aceitei.
Como estávamos bem tranquilos ficamos ali. Nesse meio tempo  percebi  que o barco fazia  uma curva de 180º e vinha em nossa direção.
Pronto, era só mais uma questão de minutos para tudo terminar. O Barco aproximou-se de nós e estacionou. Minha amiga subiu e logo enseguida subi. 
Agradeci a todos, em especial a amiga que levou o salva vidas e pedi desculpas por ter causado tanta  preocupação.
Rumamos todos felizes para desembarcar na Praia de Cima ,  destino final desde o ínicio do passeio.

Imagem de Hod no Costão da Pinheira na Praia de Cima

Alôha...!!!

Obrigado a todos amigos e amigas que seguem  e/ou  comentam e aos que visitam...!!