O Mar e Eu.

Kariny Takita do Blog  Menina Robô promove por ocasião do 1º Aniversário do Blog sua 1ª Blogagem Coletiva com o Tema:  A Minha História de Superação até  o  dia  06/03/2010.
http://meninaroboh.blogspot.com/2010/02/feliz-aniversario-para-o-meu-blog.html

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O  Mar   e    Eu.

Minhas férias em Fevereiro do ano de 2005 na paradisíaca  Praia da Pinheira ( fig. 01) em Santa Catarina foram marcadas por momentos espetaculares.

Passeio nas trilhas (fig. 02), banhos de sol e mar, encontros com amigos queridos e um passeio de barco (fig.03).

Numa manhã ao sairmos  para um belo passeio de barco o inusitado aconteceu.

Um passeio de aproximadamente 2 horas. O pequeno barco de um pescador comportava 5 pessoas.

Todos com salva vidas. Acomodei-me na proa do barco ao lado da ancôra.

O itinerário do passeio  iniciava na Praia de Baixo navegando na direção ao sul da Ilha de Florianópolis passando pela  praia de Náufragados e continuava contornando a pequena ilha do Papagaio onde fizemos uma parada para o banho de mar, no canal entre o continente e a Ilha do Papagaio. 

Paramos no canal  com águas rasas e quentes de onde vislumbravámos a Pousada do Pagagaio  em perfeita harmonia com o meio ambiente da Ilha.

O vento nordeste (nordestão) soprava forte quando decidimos continuar o passeio.

Embarcamos e na euforia esquecemos de colocar os  salva vidas.

O amigo pescador solicitou que eu recolhesse a pequena âncora enquanto dava partida no motor do  barco. Recolhi a âncora e a posicionei no lugar de origem. 

Voltei a ocupar o mesmo lugar na Proa ao lado da âncora.

O vento nordeste soprava mais forte e o barco navegava em sentido contrário às pequenas ondas.

Enquanto seguíamos,  olhava a água límpida e transparente em tons esverdeada. 

Noutras décadas havia praticado mergulho e caça submarina. Então um dos amigos perguntou-me o quanto de profundidade eu achava que existia ali naquele mar!!  Respondi-lhe que aproximadamente uns 20 metros de profundidade. E, distraído contava-lhe sobre algumas experiências de mergulhos. 

Já em águas mais profundas ouvia a proa do barco bater sobre as ondas. Para manter o equilibrio segurei a âncora com minha mão direita. E foi nesse exato momento que a âncora soltou-se e meu corpo pendeu para o lado esquerdo caindo no oceano.

A diferença entre esse mergulho acidental e o último mergulho programado   no ano de 1987 foi que nesse intercurso, já estava revascularizado ( Jan/2001), portanto não me encontrava em plena forma.

Amigos tenham a certeza de que poderia contar-lhes cada mínimo detalhe do momento em que bati na água salgada, até o momento em que o barco retornou para recolher-me em Fev de 2005. O tempo de permanência dentro do mar foi de aproximadamente 35 minutos.

A memória  e os reflexos do corpo fizeram a diferença.

Hoje, Fev de 2010 narro essa história de superação com gratidão aos amigos que estiveram comigo embarcados e que angustiaram-se e  sofrerão por mim durante os 35 minutos  em que permaneci dentro do mar.

(Por  Hod )